foi através do blog que cheguei ao livro; e lendo o livro voltei ao blog. quase impossível não se emocionar com a história da cris, cujo namorado morreu subitamente deixando-a grávida de 7 meses. e na ânsia de manter vivas memórias dele para contar ao filho um dia e procurando desesperadamente uma forma de colocar pra fora sua dor, criou um blog, que serviu como terapia a apoiar o processo de cura.
expondo-se de forma corajosa, ela conta sua história, falando de seus medos e memórias mais pessoais, transferindo para o papel emoções conflitantes que resultaram da perda que a abalava e da alegria da nova vida que brotava dentro dela. e escreve com tal poesia e beleza que, embora tristes, suas histórias não são pesadas e densas porque no fundo consegue ela tirar aprendizado de cada dor, mantendo sempre uma postura otimista de quem curte os pequenos detalhes e momentos bonitos da vida, apesar de todos os pesares.
ela tinha todos os motivos do mundo pra ficar se lamentando toda depressiva, mas sua força e capacidade de transformar a dor em palavras bonitas e sentimentos positivos é realmente admirável.. e eu, que sou toda manteiga derretida, me surpreendi ao perceber que não me debulhei em lágrimas ao ler o livro (pelo menos na maior parte do tempo) porque o sentimento que fica é uma melancolia gostosa, de quem sabe que aproveitou o que pôde em vida e guarda boas lembranças a inspirar a vida que segue.
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